domingo, 5 de dezembro de 2010

Uma Parábola Materialista

Imagine que você em uma de suas viagens de férias tenha com muito trabalho conseguido subir uma montanha e avistar o por-do-sol e toda a bela campina ao redor. De repente, um homem bem vestido se aproxima de você e diz friamente:

- O que você está esperando para se jogar lá embaixo?

- Me jogar? Por que deveria?

- Bem, a vida não possui nenhum significado objetivo. Tudo, até mesmo a beleza que o mundo aparenta é uma simples ilusão, ora!!

- E se ela possuir algum significado, afinal?

- Se ela tiver um significado Deus teria que existir, mas como a modernidade tem nos revelado, Ele não existe.

- E minha esposa e meus filhos?

- São um engano emocional...

- Mas, se a vida não tem nenhum significado que diferença há entre pular e não pular e crer ou não crer em Deus?

- Nenhuma, talvez... mas certamente seria algo mais coerente.

- Por que você não pula, então?

- Eu creio que tenho uma missão de popularizar o conhecimento de que a vida não tem sentido e que por isto todos deveriam se lançar daqui. Tenho feito palestras e escrito livros muito apreciados com tal finalidade.

- O conhecimento, pelo que você demonstra, parece revelar um significado para a existência. Temos um dever para com a verdade? Teria isto alguma relação com tal significado?

- Eu já disse que a vida não pode ter um significado porque Deus não existe! Esta é a verdade nua e crua!! Aceite este fato!! Esta é a verdade!!

- Desculpe, mas você tem exagerado no café, amigo. Pois não tem sido nenhum pouco coerente. Se a vida não tem sentido você não pode ter uma missão de dedicar-se a pregar isso.

- Não importa. Nada é coerente!! Pule!!

Para mim, o discurso ateísta poderia ser resumido desta simples maneira mostrada acima. Pessoas tentando provar que a vida não possui nenhum significado, mas que não crêem verdadeiramente em sua pregação. Ninguém vai me convencer a me jogar do penhasco com este tipo de argumentação.

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